CURTO CIRCUITO
Carta enviada à Folha de S.Paulo em 25/5/2006
"Uma nota de duas linhas na coluna de Mônica Bergamo ("Ilustrada", Folha de S.Paulo, 24/5/2006) anunciava apenas o lançamento de um livro, mas provocou reações de velhos conhecidos do autor. Dizia o texto: "Carlos Alberto Brilhante Ustra lança amanhã o livro ‘A Verdade Sufocada’, às 19h, no restaurante Fior D´Itália".
Venho, por meio desta, me somar a quantos já escreveram manifestando protesto sobre o modo como foi noticiado, na coluna "Curto Circuito", pela jornalista Mônica Bergamo, o lançamento do livro do senhor Carlos Alberto Brilhante Ustra (também dito Ulstra).
É intolerável (por, no mínimo, irresponsável) que tal informação seja veiculada sem o esclarecimento sobre o histórico do autor. Não apenas o senhor Ustra foi um dos mais cruéis torturadores do período da ditadura implantada com o golpe de 1964, e responsável direto por sevícias e assassinato de diversos opositores daquele regime, como este é um fato público e conhecido por todos os cidadãos minimamente informados. Não faltam depoimentos e outros documentos que o comprovem.
Omitir esses fatos implica conivência com a tortura.
Noticiar e promover trabalhos de torturadores do modo como foi feito em "Curto Circuito", tem como resultado a "naturalização" da prática da tortura, significando, portanto, apostar na impunidade dos seus autores, o que é um modo de acumpliciar-se com os sicários.
A não responsabilização e punição legal dos torturadores do período do regime civil-militar, garantidas pela Lei de Anistia (a anistia recíproca) de agosto de 1969, implicou a institucionalização do método. A não revisão até o momento dessa legislação e o silêncio a este respeito, significa a perpetuação da execrável prática.
À impunidade garantida pelo Estado, que até o presente se alicerça no estatuto da "anistia recíproca" em que se fundou a Lei de Anistia de agosto de 1979, não deve corresponder o cinismo da sociedade civil."
(Texto transcrito do site observatório da Imprensa)
"Essa é a democracia que eles pregam. Onde está a liberdade de expressão? Somente eles podem escrever o que querem? Onde está o compromisso com a notícia?
"Uma nota de duas linhas na coluna de Mônica Bergamo ("Ilustrada", Folha de S.Paulo, 24/5/2006) anunciava apenas o lançamento de um livro, mas provocou reações de velhos conhecidos do autor. Dizia o texto: "Carlos Alberto Brilhante Ustra lança amanhã o livro ‘A Verdade Sufocada’, às 19h, no restaurante Fior D´Itália".
Venho, por meio desta, me somar a quantos já escreveram manifestando protesto sobre o modo como foi noticiado, na coluna "Curto Circuito", pela jornalista Mônica Bergamo, o lançamento do livro do senhor Carlos Alberto Brilhante Ustra (também dito Ulstra).
É intolerável (por, no mínimo, irresponsável) que tal informação seja veiculada sem o esclarecimento sobre o histórico do autor. Não apenas o senhor Ustra foi um dos mais cruéis torturadores do período da ditadura implantada com o golpe de 1964, e responsável direto por sevícias e assassinato de diversos opositores daquele regime, como este é um fato público e conhecido por todos os cidadãos minimamente informados. Não faltam depoimentos e outros documentos que o comprovem.
Omitir esses fatos implica conivência com a tortura.
Noticiar e promover trabalhos de torturadores do modo como foi feito em "Curto Circuito", tem como resultado a "naturalização" da prática da tortura, significando, portanto, apostar na impunidade dos seus autores, o que é um modo de acumpliciar-se com os sicários.
A não responsabilização e punição legal dos torturadores do período do regime civil-militar, garantidas pela Lei de Anistia (a anistia recíproca) de agosto de 1969, implicou a institucionalização do método. A não revisão até o momento dessa legislação e o silêncio a este respeito, significa a perpetuação da execrável prática.
À impunidade garantida pelo Estado, que até o presente se alicerça no estatuto da "anistia recíproca" em que se fundou a Lei de Anistia de agosto de 1979, não deve corresponder o cinismo da sociedade civil."
(Texto transcrito do site observatório da Imprensa)
"Essa é a democracia que eles pregam. Onde está a liberdade de expressão? Somente eles podem escrever o que querem? Onde está o compromisso com a notícia?
Por eles a verdade tem que ser sufocada!
Seus crimes não podem ser conhecidos pelo povo.
Atitudes como essa só comprovam que "A Verdade Sufocada" é realmente "a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça".
Atitudes como essa só comprovam que "A Verdade Sufocada" é realmente "a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça".
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