
Recife - 07/11/2011
Ontem, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira, foi enfático ao defender o afastamento do ministro e a partir de agora vai redobrar os esforços para tentar aprovar três pedidos de convocação de Lupi que dormem nas gavetas de comissões técnicas da Casa.
“As denúncias que imprensa trouxe são gravíssimas. Tanto que o Lupi determinou o afastamento de um assessor especial, que estaria envolvido e que é uma pessoa diretamente ligada a ele. Diante de tudo isso, o ministro precisa se afastar para garantir isenção durante as investigações. A presença dele, dada a relação direta com as denúncias de fraudes, só compromete e dificulta as investigações”, afirmou o líder tucano.
Enquanto a oposição acerta sua mira sobre Lupi, no Palácio do Planalto a aposta é a de que ele não resiste no cargo por muito mais tempo. É que há uma avaliação de que ele não representa mais o PDT e nem tampouco é o interlocutor do governo com as centrais sindicais, cada vez mais distantes do governo Dilma. Além disso, ressurgem denúncias de contratos suspeitos no Ministério do Trabalho. A última, entretanto, foi a de que o assessor direto de Lupi e coordenador-geral de Qualificação, Anderson Alexandre dos Santos, seria o operador de um esquema de cobrança de propina na pasta. Anderson foi afastado do cargo no último sábado, quando a reportagem de Veja chegou às bancas.
No início deste ano, o Correio/Diario mostrou, por exemplo, seis entidades de Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba que haviam recebido R$ 27,9 milhões do Ministério do Trabalho, de um total de R$ 41,8 milhões em convênios. (Do Correio Braziliense)