Assim como grande parte de brasileiros, passei a semana numa constante luta interna entre a RAZÃO e o SONHO. O “sonho” insistia em rigogizar-se com os acontecimentos inesperados e agradavelmente vividos por uma semana, com a Sessão do STJ para apreciar as peraltices das “excelências” do Legislativo. A figura calma, lúcida e quase “luminosa” do Ministro Joaquim Barbosa, insistia em permanecer no meu vídeo inter-cerebral. A razão, por muitas vezes, insistia com o “sonho” que voltasse à realidade.
Um acontecimento há muito prometido, e guardado para aparecer na hora mais conveniente, veio à luz. Os brasileiros comprometidos com a ideologia espúria, que lhes garantiu o PODER e não permitia esquecer a mágoa da derrota sofrida no movimento de 31 de março de 1964, provocaram a ressurreição dos que chamam de HERÓIS da história política do país.
Quando o Coronel Carlos Brilhante Ustra – um exemplo ainda vivo do que foi REALMENTE aquele momento nacional – no lançamento de seu livro A VERDADE SUFOCADA, quase foi levado às barras do TRIBUNAL DO ÓDIO , não houve UMA voz no Comando das FFAA que o apoiasse. Mas, sua força de espírito, a solidariedade dos companheiros de farda ajudando na divulgação, tornou o livro um sucesso em termos de leitores. O livro é narrado com a fidelidade e hombridade do SOLDADO, que vive a paz do DEVER cumprido.
Esta semana, para minimizar o terreno ganho pelo Judiciário junto a população, o Executivo patrocinou com solenidade no Palácio do Planalto, com convidados escolhidos “a dedo” o lançamento do livro/ relatório “Direito à Memória e à Verdade”, que os derrotados de 64 vêm reclamando há muito tempo. O livro exalta as atrocidades e traição dos traidores da Pátria, que desde aquele tempo querem hastear a bandeira da FOICE e MARTELO, no lugar da NOSSA que pede apenas ORDEM E PROGRESSO.
Os Comandantes das FFAA foram “acintosamente” convidados mas, não compareceram. Diante do não comparecimento dos Comandantes e respondendo aos jornalistas, o MINISTRO da DEFESA disse que se houver reação da parte dos militares, estes NÃO FICARÃO SEM RESPOSTA.
Amigos, o meu “sonho” e o de muita gente viraram pesadelo. Mas, a “razão” não se rigogiza, porque sábia como sempre, sabe que o adágio popular termina com as palavras: “ NEM MAL QUE NUNCA SE ACABE”.
Glacy Cassou Domingues – Grupo Guararapes.
Fort. 30/ 08/ 2007
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