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Dom evaristo Arns
Há muito tempo estamos dizendo que os arquivos dos chamados " Anos de chumbo" não são abertos porque não existe interesse dos "resistentes", como se intitulam os militantes da luta armada..
Esses arquivos já estão nas mãos dos simpatizantes desses subversivo-terroristas há muito tempo. Para sermos mais precisos tais arquivos já foram abertos há mais de vinte anos, ainda durante o período militar, quando a equipe do arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, coordenada por Luís Eduardo Greenhalg, em pesquisas para produzir o livro Brasil Nunca Mais, esquadrinhou os documentos sob a guarda do Superior Tribunal Militar (STM).
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D. Paulo e sua equipe tiveram acesso à vasta documentação, copiaram o que desejavam, inclusive documentos sigilosos, o que é vedado por legislação pertinente. Ardilosamente, usaram o que lhes interessava, utilizando somente o que chamam de “principal”. O “restante” para o arcebispo, são documentos secundários. Certamente, por conterem explicitamente os crimes e as intenções dos protegidos do eminente prelado
É bom frisar que no STM se encontra o maior e mais confiável acervo sobre o combate ao terrorismo. Sendo a última instância da Justiça Militar, eram encaminhados para esse Tribunal os processos e inquéritos dos implicados nos crimes de subversão e terrorismo.
Todo esse esforço , feito secretamente foi para publicar em 1985, o livro Brasil Nunca Mais.. Logo após o sumario, encontramos a seguinte citação:
" Lembrem-se do que aconteceu no passado:
naqueles dias,
depois que a luz de Deus brilhou sobre vocês,
vocês sofreram muitas coisas,
mas não foram vencidos na luta."
. Basta folhear a obra de D. Evaristo Arns para constatar que, segundo ele, o desvario da esquerda simplesmente não teria existido.
Em entrevista intitulada “Abram já os arquivos”, concedida ao jornalista Roldão Arruda, de O Estado de S. Paulo, em 28/10/2004, o arcebispo declarou:
“Na preparação do livro Brasil Nunca Mais, obtivemos autorização para copiar 707 processos da Justiça Militar. No total copiamos 1 milhão de páginas - um documento valioso na reconstituição das violações dos direitos humanos. Eram denúncias feitas diante de autoridades militares, em juízo, com nomes de torturadores, de locais de tortura, de presos desaparecidos. Penso nisso e pergunto: quantos outros arquivos existem por aí?”
Posteriormente, na matéria intitulada “A verdade é que nos liberta”, do jornalista Adauri Antunes Barbosa, publicada em O Globo, de 28/11/2004, diz o prelado:
“O principal já foi publicado, mas a gente quer ver por escrito, saber que é verdade. Não é a informação que nos liberta. A verdade é que nos liberta. Vale a pena abrir.”
Mas, ele jamais abriu todos os arquivos. O “principal”, a que se refere D. Paulo, foram as acusações de tortura feitas perante os juízes, durante os julgamentos, quando os criminosos usavam esse argumento para se inocentar dos crimes praticados ou para justificar as delações de companheiros. Ele somente se refere a isso no seu livro. Os “justiçamentos”, os seqüestros, os assassinatos, as “expropriações”, os atentados a bomba, com vítimas inocentes, não são relevantes para o arcebispo, pois, segundo ele, foram confessados sob tortura.
Com grande parte da mídia dando cobertura ao que Dom Evaristo e sua equipe consideraram importante , os que pegaram em armas, hoje, se apresentam como “heróis”, e muitos deles estão encastelados em altos cargos no governo.
Volta e meia, de acordo com a conveniência da situação o assunto abertura dos arquivos vem a tona.
Em 2004, foi criada uma comissão encarregada de
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Dilma ( POLOP - COLINA - VAR-Palmares ) Franklin Martins ( DI /GB - MR-8 ) |
Baixou no ministro da Justiça da época, Márcio Thomaz Bastos, o espírito da Santa Inquisição. Sugeriu que se requisitassem as cópias dos documentos em poder dos civis e militares que lutaram contra o terrorismo.
Com os escândalos cairam alguns membros do governo, mas vieram novas presonagens também comprometidas , membros de organizações subversivo- terroristas e as mesmas ideologias ultrapassadas, sempre alardeando a defesa da abertura dos arquivos . Foi criado o Portal Memórias Reveladas, por Franklin Martins e Dilma Rousseff; foi sugerida a criação da Comissão da Verdade, pelos ministros Paulo Vannuchi e Tarso Genro: e lançado o livro Direito à Memória e a Verdade, pela Secretaria de Direitos Humanos, todos seguindo os mesmos princípios da equipe de Dom Evaristo Arns - trazer a público apenas o "principal" para eles.- denúncias de torturas, abusos sexuais, desaparecimentos de " jovens inocentes", que lutavam pela democracia -, tudo com o objetivo de mitificar a luta armada e denegrir os governos militares.
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Paulo Vannuchi e Tarso Genro |
Não esperavam pela reação de organizações, grupos e, internet e, até de parcela da imprensa, exigindo a abertura dos arquivos por uma comissão isenta e responsável, não aceitando a proposta governamental Ao pressentirem que, finalmente, através do próprio governo, a Nação tomaria conhecimento contra o que e contra quem foi a luta armada , durante algum tempo, o assunto foi temporariamente esquecido.
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