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Fidel Castro , depois de longa enfermidade |
CUBA: As memórias de Fidel
Correio Braziliense -
Às vésperas de completar 84 anos, o líder cubano Fidel Castro começou a revelar enigmas de sua vida. Em La victoria estratégica — livro de 896 páginas sobre o confronto em Sierra Maestra, que inclui sua única autobiografia —, o ex-presidente confessa, por exemplo, que embora tenha sempre sido comunista chegou a esconder o fato para consolidar o triunfo da Revolução Cubana, em 1959. No lançamento, diante de antigos companheiros de armas e de simpatizantes , Fidel admitiu que foi intencional não tornar clara sua tendência ideológica, nem a dos principais líderes do Movimento 26 de julho (M-26).
“Era uma questão de tática. Quando se vai tomar uma fortaleza (o poder), não se bate a cabeça (contra ela). Dão-se voltas (nela), mina, escava, e toma a fortaleza”, ilustrou Fidel. Muitos revolucionários da época, como o ex-comandante Hubert Matos — que passou 20 anos na prisão, acusado de “traidor”, e agora vive nos EUA — acusam Fidel de “trair” uma revolução democrática ao voltar-se para o comunismo após chegar ao poder. La victoria estratégica começou a ser escrito em 2007, depois que Fidel sofreu uma grave crise de saúde, em julho de 2006, que o levou a passar o comando do país ao irmão, Raúl. Na obra, com tiragem de 50 mil exemplares, Fidel conta passagens da infância e da juventude e revela como se tornou revolucionário.
Observação do site : www.averdadesufocada.com
Por Maria Joseita Silva Brilhante Ustra
A tática de Fidel foi a mesma das organizações subversivo-terroristas que tentaram impor ao Brasil nas décadas de 60 e 70 a ideologia e o regime que Fidel conseguiu implantar e manter até os dias de hoje em Cuba.
Bem antes de 1964, no Brasil, existia uma situação pré-revolucionária por infuência da revolucão cubana. É preciso que se desmistifique as ações armadas da esquerda brasileira , mantidas de forma lendária até os dias de hoje. O movimento armado pós 1964 não foi apenas uma resistência demócrática ao regime militar.
O longo do processo de radicalização, iniciado em 1961, era um projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada para provocar um processo revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não é verdade que as organizações subversivo- terroristas lutassem por democracia e liberdade. Estudiosos do período e alguns integrantes dos grupos de oposição ao regime militar não admitem chamar de resistência democrática a luta da esquerda armada.
É preciso que, como Fidel, os líderes comunistas brasileiros admitam que, se as esquerdas tomassem o poder, haveria a implantação de uma ditadura nos mesmos moldes da implantada por Fidel . É preciso que , como Fidel, reconheçam que omitiram do povo brasileiro a verdadeira ideologia e o verdadeiro objetivo pretendidos por esses líderes e que levaram vários jovens à morte.
É preciso que assumam que o verdadeiro objetivo da esquerda era a ditadura do proletariado. Democracia para os radicais de esquerda era e é para muitos deles, ainda, um conceito burguês.
Fidel, antes tarde do que nunca, admitiu , segundo as notícias acima, o que os nossos radicais não querem admitir . É necessário que, pelo menos nos dias atuais, estes tenham a dignidade, a responsabilidade ética, social e política de suas idéias e de suas ações durante a luta armada, e se responsabilizem pelos seus atos e suas idéias que levaram o Brasil a uma luta entre irmãos.
Os que estão vivos, a grande maioria dos "resistentes, dos "heróis da luta pela democracia", como se intitulam, usam dessa mesma tática, muito mais fácil para mobilizar simpatizantes e militantes, para impor ao povo sua ideologia. Eles, continuam os mesmos! Neste período de eleições, saem da clandestinidade, novamente usando as mesmas palavras de ordem , os mesmos chavões: democracia, liberdade e igualdade para o povo , mas, como nas décadas de 60 e 70 , os seus objetivos continuam os mesmos.
Cuidado, eleitor, principalmente os mais jovens, use seu voto com consciência!
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