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Dilma Vana Rousseff |
O IV Congresso e os "rachas" da POLOP
Pela editoria do site www.averdadesufocada.com
A intensa doutrinação ideológica pretendida pelo Comitê Nacional da Política Operária (POLOP), que lhe valeu o epíteto de "0rganização doutrinarista", não impediu o surgimento de correntes internas, localizadas nas Secretarias Regionais de Minas Gerais, Guanabara e São Paulo.
Em setembro de 1967, a POLOP realizou o seu IV Congresso .Nacional, no qual aprovou o "Programa Socialista para o Brasil, por 16 votos contra 14 - uma pequena maioria que não conseguiu evitar os "rachas' na organização.
Desde o ano anterior, já existiam divergências com a Secretaria Regional de Minas Gerais, que defendia a Constituinte e se aproximava das organizações que postulavam uma "revolução democrática-nacional". Essa dissidência mineira afastou-se da POLOP e viria a criar, em 1968, o Comando. de Libertação Nacional - COLINA.
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Ines Etienne Romeu ao recever o Prêmio Direitos Humanos 2009 e Dilma Vana Rousseff |
Em São Paulo, a minoria da Secretaria Regional havia adotado uma posição foquista, seguindo a orientação do livro "Revolução na Revolução?", de Regis Debray. No Congresso, apresentou teses baseadas na"Resolução Geral" da l COSPAL * , da Organização Latino Americana de Solidariedade OLAS, realizada em agostode 1967, em Cuba, e defendeu a constituição de um "Comando Político Militar". Derrotada, essa dissidência paulista - liderada por Wilson Egídio Fava , Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartim de Moraes -, selando antigo namoro com os ex-militares do Movimento Nacionalista Revolucionário - MNR-, de Brizila, criaria, em 1968 a Vanguarda Popular Revolucionária ( VPR).
Reduzida, praticamente, à metade de seus efetivos a POLOP lançou-se, após o Congresso, em decidida atuação junto ao movimento operário, setor onde não possuia a mesma força que dis.punha junto ao Movimento Estudantil.
Em novembro de 1967, foi divulgado o documento "As razões da Frente da Esquerda Revolucionária", assinado pelo Comitê Nacional da POLOP, pelo Comitê Estadual do PCB do Rio Grande do Sul (dissidência), pelo Comitê Municipal (leninista) do PCB da capital gaúcha e pelo Comitê Secundarista da Guanabara (PCB). Nesse documento, além das criticas à direção do PCB, ficou acertada pelos signatários a constituição de uma Frente de Esquerda Revolucionária, por aqueles que advogavam urna revolução socialista para o Brasil.
No final de 1967, concretizou-se a aproximação da Dissidência Leninista do PCB no Rio Grande do Sul com a POLOP, fusão que seria estabelecida em 1968, formando o Partido Operário Comunista (POC)