Luis Cuéllar-sequetrado e dego-
 lado pelas Farcs -Foto Reuters
Alvaro Uribe oferece 500 mil dólares por informações da morte de governador - Globo.com
Segundo governo, Cuéllar foi sequestrado e morto pelas Farc.
'Miseravelmente o degolaram', afirmou o presidente colombiano.
Da France Presse
O governador colombiano Luis Cuéllar, que foi sequestrado e morto pelas Farc
O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, disse em um pronunciamento na TV que está mantida a quantia de US$ 500 mil de recompensa para quem fornecer informações sobre o assassinato do governador Luis Francisco Cuéllar, sequestrado e morto nesta semana.
Uribe se manifestou na tarde de terça-feira, dizendo que Cuéllar havia sido degolado por membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Ainda não temos a hora do assassinato, mas sabemos que foi degolado. Miseravelmente o degolaram", disse o presidente.

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O governador havia sido sequestrado e foi encontrado morto nesta terça-feira (22). Seu corpo foi achado baleado e rodeado de explosivos em Sebastopol, zona rural próxima da capital de Caquetá, departamento que governava.
 "Os altos comandos me explicaram que como havia uma perseguição policial, seguramente os terroristas, para evitar os disparos, degolaram o senhor governador", explicou Uribe.
O presidente disse que as Forças Armadas têm a missão de derrotar a
 
 Alvaro Uribe - Presi. da Colômbia 
guerrilha e acabar com os sequestros: "Precisamos derrotar os sequestradores para que possamos resgatar os reféns que ainda permanecem" em poder das Farc.
A guerrilha mantém 24 militares e policiais reféns, alguns com mais de 10 anos de cativeiro, e sua meta é trocá-los por 500 rebeldes presos.
Uribe prestou suas condolências à família de Cuéllar, que qualificou de "homem bondoso, entregue ao trabalho honrado e ao serviço à comunidade".
Mais cedo, a governadora interina de Caquetá, Olga Patricia Vega, informou que Cuéllar, de 69 anos, ao que parece foi executado porque teve dificuldades para caminhar durante a fuga dos sequestradores.
Governador colombiano sequestrado pelas Farc é achado morto
O site do jornal "El Tiempo" havia informado que o corpo de Cuéllar estava "próximo a um veículo incinerado empregado no sequestro", em um local a cerca de 15 km ao sul de Florencia, "com impactos de bala e cercado de explosivos".
De acordo com o noticiário CM&, o corpo não pôde ser removido imediatamente pelo exército por estar preso a vários explosivos, em uma zona minada pelos rebeldes.
Este foi o primeiro sequestro de um alto funcionário na Colômbia desde a posse de Uribe, em agosto de 2002, quando teve início a política de "segurança democrática", que privilegia a estratégia militar para combater a guerrilla.
As Farc, com mais de 6 mil combatentes, é a mais antiga guerrilha da Colômbia, com 45 anos de luta armada.
Sequestro
Autoridades colombianas disseram que a unidade Teofilo Forero do grupo rebelde das Farc foi a provável responsável pelo sequestro de Cuéllar, governador da Província de Caqueta. Um guarda policial foi morto durante o ataque a sua casa.
As Farc já controlaram grande parte da Colômbia. Mas os bombardeios e sequestros diminuiram depois que o presidente Uribe enviou tropas para retomar as áreas controladas pelos grupos armados, que passaram a financiar suas operações através do tráfico de cocaína.
Homens de uniforme carregando fuzis arrombaram a porta da casa de Cuéllar antes de agarrá-lo, disse o secretário do governador de Caqueta, Edilberto Ramon Endo, a repórteres.
As Farc ainda estão mantendo reféns 24 policiais e soldados, alguns sequestrados há mais de uma década e mantidos em acampamentos na selva. Cuellar seria o único político agora no cativeiro das Farc, dando aos rebeldes vantagem em qualquer negociação com o governo.
O sequestro do governador ocorreu assim que o grupo guerrilheiro anunciou que planejava libertar dois reféns numa entrega organizada pela Cruz Vermelha e a Igreja Católica. O estado de Caqueta ao sul da Colômbia é uma região remota, onde os rebeldes mantêm forte presença.
As Farc foram duramente atingidas pela morte de alguns de seus altos comandantes e pelo fluxo constante de deserções. Por causa de ataques constantes de militares, os guerrilheiros foram obrigados a voltar às regiões remotas.

 

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