A Brigada Militar emitiu a nota a seguir, contando a sua versão sobre os incidentes de São Gabriel. O comandante esclarece na nota que o ativista atingido foi morto com bala proveniente de arma de calibre 12, as mesmas usadas por parte da tropa, mas avisou solenemente que nem um só brigadiano usava munição letal, o que remete à hipótese de que o tiro mortal partiu de agente ainda não identificado.
Nota oficial do Comando-Geral da Brigada Militar
O Comandante-Geral da Brigada Militar, diante dos fatos ocorridos durante a execução da operação policial que atendia o cumprimento de determinação judicial de reintegrar a posse da Fazenda Southal, em São Gabriel, vem a público esclarecer o que segue:
1 - A Brigada Militar lamenta a morte ocorrida.
2 - Apesar da negociação tentada durante dias para desocupação pacífica, na data de 21.08.09, houve o cumprimento da missão com resistência e confronto.
3 - Na avaliação que se seguiu, após a realização da operação, constatou-se erro na execução da operação, na medida em que o planejamento do Comandante-Geral não foi seguido na íntegra.
4 - Houve instrução preparatória do Comando da tropa executora da operação, para os efetivos envolvidos, onde foi reforçada a determinação de uso exclusivo de munição não letal, atos estes acompanhados por representantes do Ministério Público e Conselho Tutelar.
5 - Todas as etapas técnicas e doutrinárias que precedem a ação propriamente dita (a reintegração) para este tipo de evento, foram executadas na íntegra, tais como: constituição da tropa, progressão no terreno, cerco, demonstração de força e pedido de atendimento da ordem judicial.
6 - Consumado o ato formal do oficial de justiça (leitura do mandado judicial), foi concedido prazo para o cumprimento da ordem de forma espontânea pelos invasores.
7 - Não havendo cumprimento, passou-se à execução da reintegração através do rompimento da barricada que bloqueava o acesso ao interior da fazenda, a qual era constituída por pedras, paus, lanças e armadilhas típicas de guerrilha.
8 - A tropa ingressou no local conflagrado, onde encontrou forte resistência por parte dos invasores, ocorrendo o confronto, com feridos e infelizmente uma pessoa morta.
9 - Diante do ocorrido, foi instaurado o competente Inquérito Policial Militar, sob a presidência do Corregedor-Geral da Brigada Militar, o qual apurará as circunstâncias desse confronto.
10 - Já foram identificados os Policiais Militares que manusearam armamento de mesma característica e calibre, que preliminarmente foi apontado como o causador do óbito (calibre 12), cabendo ao encarregado do inquérito a identificação da autoria. No entanto, foi sumariamente sindicado junto aos Policiais Militares que usaram este tipo de armamento e todos foram unânimes em afirmar o uso de munição não letal, bem como confirmam o recebimento da ordem para tal procedimento.
11 - Foi solicitado e atendido pelo Ministério Público Estadual o acompanhamento da investigação, junto ao encarregado do inquérito, de promotor público, sendo indicada a Dra Ivana, da comarca de São Gabriel.
12 - Armamentos, munição e imagens relacionadas ao fato, foram apreendidas, lacradas e entregues ao encarregado do IPM.
13 - O Governo do Estado determina que se dê o apoio e lamentando a perda, dará o suporte necessário à família da vítima.
Cel. JOÃO CARLOS TRINDADE LOPES
Comandante-Geral da Brigada Militar
www.polibiobraga.com.br
O Comandante-Geral da Brigada Militar, diante dos fatos ocorridos durante a execução da operação policial que atendia o cumprimento de determinação judicial de reintegrar a posse da Fazenda Southal, em São Gabriel, vem a público esclarecer o que segue:
1 - A Brigada Militar lamenta a morte ocorrida.
2 - Apesar da negociação tentada durante dias para desocupação pacífica, na data de 21.08.09, houve o cumprimento da missão com resistência e confronto.
3 - Na avaliação que se seguiu, após a realização da operação, constatou-se erro na execução da operação, na medida em que o planejamento do Comandante-Geral não foi seguido na íntegra.
4 - Houve instrução preparatória do Comando da tropa executora da operação, para os efetivos envolvidos, onde foi reforçada a determinação de uso exclusivo de munição não letal, atos estes acompanhados por representantes do Ministério Público e Conselho Tutelar.
5 - Todas as etapas técnicas e doutrinárias que precedem a ação propriamente dita (a reintegração) para este tipo de evento, foram executadas na íntegra, tais como: constituição da tropa, progressão no terreno, cerco, demonstração de força e pedido de atendimento da ordem judicial.
6 - Consumado o ato formal do oficial de justiça (leitura do mandado judicial), foi concedido prazo para o cumprimento da ordem de forma espontânea pelos invasores.
7 - Não havendo cumprimento, passou-se à execução da reintegração através do rompimento da barricada que bloqueava o acesso ao interior da fazenda, a qual era constituída por pedras, paus, lanças e armadilhas típicas de guerrilha.
8 - A tropa ingressou no local conflagrado, onde encontrou forte resistência por parte dos invasores, ocorrendo o confronto, com feridos e infelizmente uma pessoa morta.
9 - Diante do ocorrido, foi instaurado o competente Inquérito Policial Militar, sob a presidência do Corregedor-Geral da Brigada Militar, o qual apurará as circunstâncias desse confronto.
10 - Já foram identificados os Policiais Militares que manusearam armamento de mesma característica e calibre, que preliminarmente foi apontado como o causador do óbito (calibre 12), cabendo ao encarregado do inquérito a identificação da autoria. No entanto, foi sumariamente sindicado junto aos Policiais Militares que usaram este tipo de armamento e todos foram unânimes em afirmar o uso de munição não letal, bem como confirmam o recebimento da ordem para tal procedimento.
11 - Foi solicitado e atendido pelo Ministério Público Estadual o acompanhamento da investigação, junto ao encarregado do inquérito, de promotor público, sendo indicada a Dra Ivana, da comarca de São Gabriel.
12 - Armamentos, munição e imagens relacionadas ao fato, foram apreendidas, lacradas e entregues ao encarregado do IPM.
13 - O Governo do Estado determina que se dê o apoio e lamentando a perda, dará o suporte necessário à família da vítima.
Cel. JOÃO CARLOS TRINDADE LOPES
Comandante-Geral da Brigada Militar
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"Quando um chefe de Estado e governo afirma que a cobrança ética da sociedade é uma hipocrisia, está explicado como acabou a vergonha geral da Nação.
E quando acaba a vergonha nacional, toda indecência vira normal. Com a maior naturalidade, considera-se que o dinheiro público deva ser gasto para assegurar vantagens especiais em favor dos que têm por função cuidar da coisa pública.
E com a maior naturalidade se desrespeitam direitos dos cidadãos comuns, enquanto facilidades e confortos são ofertados a cidadãos "especiais".
Enfim, até pessoas e empresas que sempre foram corretas, quando a vergonha acaba "lá em cima", também perdem a vergonha "cá em baixo" . E nunca antes neste país houve tanta falta de vergonha como nos dias correntes."
Mauro Chaves
Blog do grupo: http://resistenciademocraticabr.blogspot.com/
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