Palavras do Ex-ministro Jarbas passarinho, por ocasião do almoço de solidariedade ao Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra, realizado hoje, 21 de novembro em Brasília. Ao ato, compareceram cerca de 420 pessoas, entre militares das três forças e civis, muitos acompanhados de suas esposas.
Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, no crepúsculo de minha vida, recebo com honra a excelsa a missão que me cometeram nossos camaradas de farda: saudar um patriota que a mentira, a difamação e a calúnia, arma dos covardes, intenta retratar como réprobo.
Jovem major do Exército, concluinte da Escola de Comando e Estado Maior, foi o senhor designado para dirigir o órgão de contra-insurreição em São Paulo. A missão apátrida dos agressores armados jamais recebeu apoio popular, condição essencial para a vitória das guerrilhas. Nunca o tiveram. Derrotados, mistificam, dizendo-se vencidos pela violência contra os direitos humanos que nunca respeitaram. Tentam, com requintes de falsidades, fazê-lo objetivo de sua odienta ideologia, logo o senhor que se conduziu no cumprimento de seu dever, opondo ao ódio o tratamento humanitário, auxiliado generosamente por sua digna esposa, na esperança de fazê-los refletir sobre a insanidade a que se haviam associado.
O senhor está pagando o preço de ver-se vítima do rancor dos vencidos, mas como usamos dizer em tática, da ação judicial tardia há uma missão deduzida. Revanchistas, ao que visam – depois de receberem do governo indenizações vultosas, para compensar a derrota na luta armada que desencadearam – e imitar revanchistas vizinhos, que revogaram a lei da anistia e da obediência devida. Obediência que foi devida à defesa da Pátria, da liberdade de culto, de não ter medo nem ter fome, que os países comunistas remanescentes no mundo não respeitam.
Patriota, coronel Ustra, o senhor honrou o compromisso que jurou ao receber a espada de Oficial. Nunca a desembainhou sem razão e, depois de cumprir a missão, não a embainhou sem honra. Defendeu a Pátria que nos ensinou Ruy Barbosa “não ser um sistema, nem uma seita, nem uma forma de governo. É o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”.
Queira aceitar a nossa solidariedade, o reconhecimento de sua luta ingente contra a calúnia, ao repetir, neste século, a divisa empolgante da Cavalaria Medieval: “Perca-se tudo, menos a honra”.
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