Carlos Alberto e eu nos conhecemos no primeiro dia em que, recém-formada professora primária no Instituto de Educação/RJ, ia me apresentar na Escola Amazonas, zona rural de Campo Grande para começar a lecionar.
Vimo-nos e sentamos lado a lado no trem, o que passou a ser diário. Foi amor à primeira vista.
Namoramos, casamos e tivemos certeza de que um não seria o mesmo se perdesse o outro.
Com o tempo, constituímos a nossa família, pequena, é verdade – 2 filhas e um neto que nos deram e dão muitas alegrias.
Sempre sentimos que nada, nem a distância, nem os tropeços da vida, nem as dificuldades do dia a dia, nada nos separaria, apesar de termos consciência de que viver sem grandes problemas e conseguir ser feliz nem sempre seria fácil.
E o tempo foi passando... e a vida correndo, e nós vivendo um turbilhão de emoções. Momentos ótimos, alguns bons, outros ruins, quase todos inesquecíveis...
Sorrimos muito, choramos algumas vezes, mas a nosso modo, apoiados um pelo outro, graças a Deus, fomos felizes.
Apoio, muitas renúncias, a dedicação, o companheirismo diário, a admiração de um pelo outro e o amor à família nos uniu cada vez mais.
Continuamos com a certeza de que a nossa caminhada, por mais voltas que ela desse, por mais tortuosa que fosse, por mais pedras que encontrássemos, nos levaria sempre até o outro.
Agora que, fisicamente, Carlos Alberto, se foi, eu reforcei minha certeza de que a distância física não consegue separar aqueles que se amaram, enfrentaram as tempestades e, assim mesmo, conseguiram ser felizes por tantos anos.
Viver sem amor, não é viver e quando se amou como nós nos amamos, cada vez estaremos mais unidos espiritualmente. Nem a morte conseguiu, nem conseguirá nos separar.
O livro "A Verdade Sufocada", apesar de Carlos Alberto ter falecido em 15 de outubro de 2015, continuará nos mantendo unidos lutando pela democracia.
Maria Joseita S.Brilhante Ustra
USTRA VIVE! |
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