Palocci é condenado na Lava Jato a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro
O juiz Sérgio Moro determinou o confisco de US$ 10,2 milhões e a interdição do ex-ministro de exercer cargo ou função pública pelo dobro da pena. Cabe recurso. Outras 12 pessoas foram condenadas.
Por Fernando Castro, Thais Kaniak e Amanda Polato, RPC Curitiba, G1 PR e G1 SP
26/06/2017 Ex-ministro Antonio Palocci foi preso em setembro de 2016 pela Operação Lava Jato (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters) Ex-ministro Antonio Palocci foi preso em setembro de 2016 pela Operação Lava Jato (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
O juiz federal Sérgio Moro – responsável por ações da Lava Jato na primeira instância – condenou o ex-ministro Antonio Palocci (PT) a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outros 12 réus também foram condenados. Entre eles, está Marcelo Odebrecht, ex-presidente do Grupo OdebrechtO juiz federal Sérgio Moro - responsável por ações da Lava Jato na primeira instância - condenou o ex-ministro Antônio Palocci (PT) a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Outros 12 réus também foram condenados . Entre eles está Marcelo Odebrecht , ex-presidente do grupo Odebrecht
A sentença é desta segunda-feira (26): leia na íntegra. Esta é a primeira condenação de Palocci na Lava Jato. O juiz entendeu que ele negociou propinas com a Odebrecht, que foi beneficiada em contratos com a Petrobras. Do total negociado, US$ 10,2 milhões foram repassados para os marqueteiros Monica Moura e João Santana, que atuaram em campanhas eleitorais do PT, segundo a decisão judicial. Cabe recurso.
Moro proibiu o ex-ministro de exercer cargo ou função pública e de dirigir empresas do setor financeiro, entre outras, pelo dobro do tempo da pena. E decidiu ainda o bloqueio de US$ 10,2 milhões, valor que será corrigido pela inflação e agregado de 0,5% de juros simples ao mês.
Palocci foi preso na 35ª fase da operação, batizada de Omertà e deflagrada em 26 de setembro de 2016. Atualmente, ele está detido no Paraná. De acordo com o juiz, ele deve continuar preso mesmo durante a fase de recurso.
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